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Descobrir o Palácio Nacional de Sintra

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O Palácio Nacional de Sintra, localizado no centro histórico da bonita vila de Sintra, é um mais belos palácios portugueses, mandados construir durante a Idade Média. Apresenta características de arquitectura medieval, gótica, manuelina, renascentista e romântica e é dominado por duas chaminés geminadas, que o tornam num monumento único.
Este belo palácio serviu de moradia à Família Real Portuguesa, por cerca de oito séculos, quase até ao final da Monarquia, em 1910.

Venha então connosco descobrir o Palácio Nacional de Sintra.

Palácio Nacional de Sintra ( Fonte: Wikipédia)

História

Acredita-se que o Rei D. João I, por volta de 1383, tenha doado um primitivo palácio ao Conde de Seia, e que mais tarde esse mesmo palácio voltou à posse real.

Por volta de 1489, o palácio foi reedificado, alterando parte do seu edifício e enriquecendo a decoração interior, com a colocação de azulejos andaluzes. Posteriormente, entre 1505 e 1520, construiu-se a ala manuelina e a Sala dos Brasões. E assim, ao longo dos diferentes reinados este belo palácio foi sofrendo algumas alterações.

A sua última habitante, do regime monárquico, foi a rainha-mãe D. Maria Pia, que utilizou o Palácio Nacional de Sintra como residência de verão e nela serviu diversos banquetes, onde estavam presentes estadistas importantes, como Guilherme II da Alemanha, o Presidente de França Émile Loubet, entre outros.

Em 1910, o Palácio foi classificado como Monumento Nacional e desde 1995 integra a classificação da UNESCO de Sintra Paisagem Cultural da Humanidade.

Leia também Descobrir os Museus gratuitos de Sintra

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Pátio Central

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Terreiro

Simples pátio, aberto sobre o centro histórico, que outrora foi um espaço vedado à vila. Apenas em 1912, ficou acessível a todos, após a demolição dos vários edifícios, que contornavam o seu perímetro.
 

Sala dos Cisnes

A bonita Sala dos Cisnes, que herdou o nome devido à decoração do tecto, com 27 pinturas desses animais, invocando o casamento real entre a Infante D. Isabel de Portugal e D: Filipe de Borgonha, sendo o espaço de maior ostentação e onde se realizavam os acontecimentos mais importantes, nomeadamente celebrações e recepções.
Actualmente, ainda se realizam banquetes oficiais aquando de visitas de chefes de estado estrangeiros.

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Teto da Sala dos Cisnes

Pátio Central e Gruta dos Banhos

Elegante área interior, em torno da qual D. João I organizou os seus aposentos. Local intimista, com revestimento de azulejos e o som da água a correr, lembra a tradição arquitectónica árabe. Adjacente está a Gruta de Banhos, com uma belíssima decoração de azulejos azuis e brancos, representando fontes, jardins e cenas galantes e no teto, estuques da oficina de Giovanni Grossi, apresentando a Criação do Mundo, as Quatro Estações e temas mitológicos, tudo da segunda metade do séc. XVIII.

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Gruta dos Banhos
 

Sala das Pegas

Também designada por Câmara das Pegas, esta bonita sala, decorada com azulejos e com um tecto de impressionar, com 136 pegas pintadas, era o local onde eram recebidos os notáveis do reino e os embaixadores estrangeiros. Possui uma vista linda sobre a Serra e sobre o Castelo dos Mouros, e onde segundo se consta D. Sebastião ouviu Luís de Camões ler  “Os Lusíadas”.

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Sala das Pegas
 

Quarto de D. Sebastião

Denominada como a Câmara de Ouro, por D. Duarte, esta bela dependência, actualmente decorada com azulejos em relevo com parra, do séc. XVI, serviu de câmara de dormir ao Rei D. Sebastião. Outra bela característica deste quarto é a moldura de uma das janelas, que apresenta azulejos com a esfera-armilar, emblema de D. Manuel I.

Quarto de D. Sebastião
Quarto de D. Sebastião

Sala das Sereias

Segundo a descrição feita por D. Duarte, durante o reinado de D. João I, neste local situava-se o guarda-roupa real, onde estavam guardados o vestuário, as jóias e os objectos pessoais.

Sala dos Brasões

Localizada na ala ocidental do Palácio, a Sala dos Brasões, erguida sobre a Sala das Colunas, representa o expoente máximo da intervenção manuelina, no Palácio, sendo a mais importante sala heráldica da Europa, estando representadas as armas de 72 famílias nobres portuguesas e dos oito filhos de D. Manuel I. É conhecida pelo belo portal manuelino da entrada.

Teto da Sala dos Brasões
Teto da Sala dos Brasões

Quarto-prisão de D. Afonso VI

Foi nesta sala que D. Afonso VI permaneceu encarcerado e vigiado cerca de nove anos, a mando do seu irmão, D. Pedro II. Tendo sido aqui que o mesmo morreu, em 1683. Este aposento é um dos mais antigos do Palácio e o único com grades de ferro, na janela.

Sala Chinesa

Localizado numa das zonas mais antigas do Palácio, é conhecida pela existência de um monumental Pagode da dinastia Qing, construído na China, no final do séc. XVIII e início de séc.XIX.

Pagode da dinastia Qing
Pagode da dinastia Qing

Capela Palatina

Construído no reinado de D.Dinis, no início do séc. XIV, este é um espaço religioso, com invocação do Espírito Santo, representado nos frescos que revestem as paredes. O pavimento cerâmico e o tecto de madeira são feitos de trabalho mudéjar, sendo dos exemplares mais antigos de Portugal.

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Capela Palatina
 
 

Sala Árabe

Acredita-se que terá sido o quarto de dormir de D.João I, no início do séc.XV. Este comunica, através de uma escada de caracol, à Sala das Sereias ( “o guarda-roupa”). A decoração actual, do período manuelino, é composto por vários azulejos, que criam um efeito tridimensional.

Fonte Mourisca do início do séc. XVI
Fonte Mourisca do início do séc. XVI

Cozinha

Conhecida pelas suas duas chaminés gigantes, vistas de quase toda a vila de Sintra, esta cozinha do início do séc. XV, foi construída para servir grandes banquetes de caça. É composta por uma série de fornalhas e dois grandes fornos, uma estufa e ainda um trem de cozinha, em cobre acastanhado. O revestimento das paredes é feito em azulejo branco, do final do séc. XIX, possuindo uma composição heráldica, com as armas reais de Portugal e Sabóia.

Cozinha
Cozinha

O Palácio da Vila, nome pelo qual também é conhecido, é o único sobrevivente dos Paços Reais medievais, e exibe no seu interior um acervo único de azulejaria hispano-mourisca e colecções de arte decorativa dos séc. XVI ao séc. XVIII, tornando a sua visita bem interessante. Descobrir o Palácio Nacional de Sintra foi uma das atividades mais interessantes da nossa passagem por Sintra.

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8 thoughts on “Descobrir o Palácio Nacional de Sintra
  1. O Palácio Nacional de Sintra é realmente visita obrigatória para quem aprecia história e valoriza a preservação dos prédios e monumentos do país. Só estive por lá uma vez e adorei revisitá-lo através de seu relato. Lilian Azevedo

  2. Quando estive em Sintra, fiz a visita ao Palácio Nacional de Sintra, mas infelizmente achei que faltou algo. O palácio em seu interior é muito lindo e cheio de histórias. No entanto, senti falta de atividades na parte de externa.

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