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Descobrir a Ilha da Madeira

Hoje vou falar-vos de um local que visitei muito recentemente, a Ilha da Madeira. Aproveitámos 4 dias de férias que tínhamos e fomos descobrir esta bonita ilha.
A ideia que tenho para este artigo é mostrar-vos o roteiro que fizemos em cada um dos dias.
Voámos com a easy-jet (companhia que escolho sempre para férias de 3/4 dias), com o voo a ficar sensivelmente a 60€ por pessoa. E ficámos instalados no The Lince Madeira Hotel (farei um post mais à frente a falar deste hotel). Pagámos por casal 225€ de alojamento com meia-pensão. E alugámos um carro no aeroporto que ficou em cerca de 80€, com  seguro. Quanto ao aluguer do carro devo informar que quando levantam o mesmo no aeroporto são aliciados a pagar cerca de 100€ e podem entregar o carro sem combustível, dizendo que é o que gastam sensivelmente na visita à ilha. Posso dizer-vos que corremos a ilha toda e para atestar de novo o depósito gastámos cerca de 50€.
 
 

História

A Ilha da Madeira, situa-se no meio do Oceano Atlântico sendo conhecida no Mundo como um “Jardim Flutuante”, dada a sua beleza inigualável. Esta foi descoberta pelos navegadores portugueses Tristão Vaz Teixeira, Bartolomeu Perestrelo e João Gonçalves Zarco, em 1419 e denominada Madeira, pois a ilha estava repleta desta matéria-prima.

 

E em 1425, iniciou-se a colonização deste arquipélago. Tendo sido a cana-de-açucar e o vinho os principais impulsionadores da economia da Madeira. Posteriormente, em 1975, a Madeira passou a ser uma Região Autónoma da República Portuguesa, passando então a ter poder legislativo.
 
De seguida farei então o resumo daquilo que foram 3 dias bem preenchidos.

Roteiro

1º Dia

Pico de Barcelos, Eira do Serrado, Curral das Freiras e Funchal
Chegámos ao Aeroporto do Funchal por volta das 9h e como só podíamos fazer check in no Hotel às 14h, decidimos partir logo para a descoberta e só ir ao hotel no final do dia.
Decidimos ficar nesse dia pelo Funchal e zona envolvente. Saímos então do aeroporto e seguimos em direcção ao Pico de Barcelos, passámos pela Eira do Serrado, por Curral das Freiras e terminámos a tarde no Funchal.
Devo confessar que fiquei um bocadinho desiludida com o Funchal, pois estava em obras e foi uma confusão para nos orientarmos de carro. A partir de certa altura optámos por deixar o carro num parque de estacionamento e prosseguir a pé.

 

 

Pico de Barcelos

Este foi o primeiro local que visitámos e é um local obrigatório de passagem para quem está de visita a esta bonita ilha, tendo actualmente um miradouro situado a 355 metros de altitude e que oferece uma fantástica paisagem do Funchal, de Câmara de Lobos e ainda de todas as serras e picos próximos. Ainda oferece as Ilhas Desertas como pano de fundo. O Pico de Barcelos situa-se na freguesia de Santo António.

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Eira do Serrado

Seguimos depois em direcção à Eira do Serrado, que se situa a cerca de 25 minutos a norte do Funchal e aqui encontrámos uma das paisagens mais famosas da Ilha da Madeira, obtida a cerca de 1095m, a paisagem de todo o maciço central e sobre o Curral de Freiras.

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Curral das Freiras

Encontra-se na profundidade de um vale, tendo estado em tempos completamente isolada devido à falta de acessos. Foi nesta freguesia, que as freiras do Convento de Santa Clara se refugiaram dos piratas, que durante o séc. XVI atacavam esta Ilha. Nós fomos até lá, mas honestamente não penso que valha a pena descer até esta localidade, bastando ficar com a bonita imagem obtida da Eira do Serrado.

Funchal

Estávamos perto da hora de almoço e decidimos ir até ao Funchal, para pudermos então almoçar. Esta cidade com mais de 500 anos de história foi construída à volta de uma baía e aqui se localizam monumentos, museus, igrejas, fortalezas e locais de interesse turístico. É bem no centro que parte o Teleférico do Funchal, que sobe até à freguesia do Monte, sobrevoando parte da baixa, o Largo das Babosas e o Vale da Ribeira de João Gomes, o que nos permitiu ver paisagens absolutamente magníficas. Ao chegar ao topo pudemos fazer a viagem de regresso descendo nos famosos Carros de Cestos. Nós optámos por descer de novo no teleférico. O preço foi cerca de 15 € por pessoa.

Depois de almoço continuámos à descoberta desta cidade e começamos pela Sé Catedral do Funchal, elevada a Património Nacional, ficou concluída em 1514. Confesso que fiquei ligeiramente desapontada, pois esperava algo mais bonito e majestoso. Passando a Sé encontramos o Largo D.Manuel onde pudemos comprar os nossos souvenirs. Passámos depois pelo Mercado dos Lavradores, conhecido pelas flores e pelas bancas cheias de produtos característicos da Ilha da Madeira, este mercado é reflexo da arquitectura do Estado Novo. E terminámos a visita ao Funchal com um tour guiado na The Old Blandywine Lodge, que se encontra nas antigas adegas de Vinho Madeira, no convento Franciscano, e apresenta artefactos únicos e documentos que relatam a história da família Blandy e dos seus vinhos. Para puder fazer a visita é necessário fazer marcação. O bilhete ficou em 5€ e contempla a visita guiada (que pode ser feita em várias línguas) e a terminar com uma prova de diferentes Vinho Madeira. Devo confessar que adorei esta visita.

Leia também a Rota das Catedrais em Portugal

 
 
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2º dia

Pico do Areeiro, São Roque do Faial, Faial, Santana, Machico, Ponta de São Lourenço

 

Pico do Areeiro

O segundo dia começou bem cedo e decidimos começar pelo Pico do Areeiro. Este é um dos picos mais altos da ilha, a 1800 metros de altitude. Aqui pode-se avistar o trilho que liga o Pico do Areeiro ao Pico Ruivo, o pico mais alto da ilha. Contudo, neste dia estava a chover, muito nevoeiro e muito vento. Ainda tentámos sair do carro mas foi impossível, logo seguimos viagem em direcção ao próximo local, pensando que o dia ia ser terrível com o temporal, mas não foi.

São Roque do Faial

Seguimos rumo a Santana, passando por outras localidades, nomeadamente o São Roque do Faial. O seu nome tem origem no padroeiro de uma antiga ermida. Aqui encontramos o Parque Florestal do Ribeiro Frio, onde visitámos um viveiro de Trutas.

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Santana

Este é um local de paragem obrigatória para uma visita às casas típicas e ao Parque Temático, tendo sido um dos sítios mais engraçados que visitámos. Durante muito tempo esta localidade esteve isolada da restante ilha o que levou a que os seus habitantes preservassem as características do local durante muitos e longos anos. Exemplo disso é o famoso estilo arquitectónico das casa típicas com o tecto coberto de colmo. 

 
 

Machico

Localiza-se a nordeste da ilha, local onde atracaram os primeiros descobridores e onde pudemos encontrar dois fortes, que serviram em tempos para defender a ilha dos piratas. Tendo sido também o local onde desembarcaram Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira.

 
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Ponta de São Lourenço

Terminámos o dia na extremidade da ilha e naquele que foi para mim o sítio mais inesquecível da Ilha da Madeira. Esta é uma península de origem vulcânica, árida e desprovida de vegetação, alterando completamente a paisagem que até aqui estávamos habituados. Para chegarmos mesmo ao extremo tivemos que andar bastante num terreno nem sempre fácil, mas para mim valeu a pena pelas bonitas paisagens que vimos.


 

 

3º dia

Câmara de Lobos, São Vicente, Porto Moniz e Ribeira Brava

Câmara de Lobos

O último dia de visita começou no Cabo Girão, o promontório mais alto da Europa, com cerca de 580m e onde foi construída uma estrutura em aço e vidro que cria a sensação de estarmos suspensos no ar. Devo confessar que é de sentir um friozinho na barriga, mesmo para aqueles que não têm vertigens. É um local que vale mesmo a pena.

 
 
 

São Vicente

Partimos depois em direcção a Porto Moniz e por acaso vimos uma placa a indicar as Grutas e Centro de Vulcanismo e decidimos então visitar. Estas foram as primeiras grutas vulcânicas em Portugal, tendo sido inauguradas em 1996. Fizemos uma visita guiada, ao longo de um percurso criado dentro do imaginário telúrico do Centro da Terra. E terminámos no Centro de Vulcanismo, espaço multimédia, que complementa a visita às grutas. A entrada ficou em 8€ por pessoa.

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Porto Moniz

De seguida fomos em direcção ao local que mais curiosidade nos causou, pois é local que toda a gente que visita a Madeira fala. Este é um local com piscinas naturais absolutamente fantásticas, formadas por rochas vulcânicas. Aqui encontramos um fantástico complexo balnear que possui solário, parque infantil, balneários, bar e restaurantes. Devo dizer que é realmente um local inesquecível e mais um dos cartões postais desta bela ilha.

Leia o nosso artigo sobre as Piscinas Naturais de Porto Moniz.

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Paul do Mar

Saindo de Porto Moniz decidimos seguir em direcção ao Funchal ao longo da costa, o que nos permitiu ver locais lindíssimos. Um desses locais é o Paul do Mar, que se localiza a sudoeste da ilha e é um importante centro piscatório e é palco privilegiado para surfistas de todo o mundo, que são consideradas por alguns como as melhores da Europa.

 

Ponta do Sol

Seguimos depois em direcção à Ponta do Sol, na costa sul da ilha e é considerado o concelho mais quente da ilha e onde o sol brilha durante mais tempo. Aqui aproveitámos para visitar o Cais da Ponta do Sol. Optámos por seguir viagem mas aqui ainda é possível visitar a Lagoa do Lugar de Baixo e o Centro de Floricultura Subtropical.

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Ribeira Brava

Para terminar os nosso dias pela Ilha da Madeira, passámos ainda na Ribeira Brava. Esta bonita cidade localiza-se na costa sul da ilha e o seu nome deriva de uma corrente de água que a atravessa e que possui um caudal revoltoso. É aqui que pudemos encontrar o Museu Etnográfico da Madeira.

 
Chegava assim ao fim três dias magníficos em que conseguimos visitar diferentes coisas. Como puderam ver vários são os motivos para visitarem esta bonita ilha, para além do clima ameno que impera na Madeira, o que acaba por permitir a prática de todo o tipo de actividades ao ar livre.
 
 

Outras considerações

Para os que gostam mais de mar, podem sempre praticar mergulho, vela, surf e pesca desportiva nas praias do Jardim do Mar, em São Vicente ou em Porto da Cruz. Podem ainda observar os golfinhos e as baleias fazendo um passeio de barco junto à costa.
Nós visitamos a Ilha da Madeira no Inverno mas se pretender visitar na época de calor e for daqueles que gosta de fazer praia não pode então deixar de ver o artigo As melhores Praias da Região Autónoma da Madeira, onde a Mara do blog La vida es Mara fala das melhores praias a visitar.
Se gostam de actividades ao ar livre podem sempre escolher entre o trekking e passeios a pé pelas levadas e pelos trilhos da Laurissilva (floresta húmida subtropical), que  foi classificada Património Natural Mundial da Humanidade pela UNESCO.
Os que pretendem desfrutar de actividades mais radicais, podem sobrevoar a ilha de asa-delta ou parapente ou aventurar-se pelo interior da ilha através da prática de canyoning ou escalada.
 
Para além de tudo isto, existem imensos eventos durante todo ano, para aqueles que gostam de divertir-se. Os principais eventos são as Festas de Carnaval, a Festa da Flor, o Festival do Atlântico, a Festa do Vinho, o Festival de Colombo, o Festival da Natureza e as Festas de Fim de Ano, sendo este último o maior cartaz turístico da região. Na altura que fomos, final de Janeiro, não havia nenhum tipo de evento mas valeu a pena na mesma.

 

 

 
 
A ilha da Madeira é um destino por excelência, sendo local de uma beleza inigualável que não poderá perder. Espero que tenham gostado e que deixem os vossos comentários.

Afiliados

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