A Plaza Mayor de Madrid é o coração da cidade e um dos seus locais mais emblemáticos. Localizada no centro histórico de Madrid, esta bela praça barroca, é palco de várias celebrações como touradas, beatificações, coroações, entre outros mas também ponto de encontro de moradores e turistas, comerciantes e curiosos. Juntos, tornaram a Plaza Mayor de Madrid um lugar único, onde a tradição coabita com a modernidade.
Madrid: o que ver e fazer num roteiro de 2 dias na capital espanhola
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A história da Plaza Mayor de Madrid
A história desta praça remonta a 1463, quando Henrique IV, concedeu à cidade a possibilidade de realizar uma feira mensal, junto à extinta Igreja de El Salvador. Mais tarde, já no século XVI, esta feira acabou transferida para a Plaza del Arrabal, na confluência das ruas de Toledo e Atocha. Ao longo da sua história a praça foi mudando várias vezes de nome, inicialmente denominada de Plaza del Arrabal, o nome Plaza Mayor só foi oficialmente adotado no século XIX, onde pelo meio teve 7 outros nomes. Como por exemplo, Praça da Constituição, Praça Real, Praça da República, entre outros.

Neste local, foi construída a primeira casa com arcadas, de forma a regular o comércio na praça. Posteriormente, já no século XVII, sob o reinado de Filipe III, é construída a Plaza Mayor, com o projeto do arquiteto Juan Gómez de Mora, com cerca de 9400 metros quadrados. Com o tempo, esta bela praça barroca madrilena acabou por se tornar o coração da cidade.
Ao longo dos anos sofreu várias alterações, tendo sido o arquiteto Juan de Villaneuva, o último a realizar uma reforma mais significativa, no século XVIII. E a verdade é que a Plaza Mayor de Madrid acabou por se tornar um grande marco arquitetônico, tornando-se o maior espaço público da capital espanhola. A Plaza Mayor de Madrid, com as suas bonitas fachadas e atmosfera contagiante acabou por se tornar palco de inúmeros eventos e celebrações. Ali ocorreram tanto cerimónias reais como eventos culturais que marcaram a vida e a história de Madrid.
O que ver na Plaza Mayor de Madrid
A Plaza Mayor é composta por três níveis de fachadas que a rodeia. Estas são todas construídas em tijolo vermelho e adornadas com cerca de 377 varandas de ferro forjado e cerca de 100 arcos. Inicialmente, esta bonita praça abrigava casas da nobreza, altamente cobiçadas. Mas com o tempo, a praça acabou por se tornar um espaço mais comercial.
Arco de Cuchilleros
A Plaza Mayor de Madrid possui 114 arcos, que compõem os portais inferiores. Dez destes arcos servem de entrada principal para a praça. O mais conhecido destes 10, é o Arco Cuchilleros, que se localiza no canto sudoeste. O seu nome teve origem na Calle de Cuchilleros, o local da guilda dos cuteleiros que fornecia os produtos à guilda dos açougueiros sediada na praça.

O projeto é da autoria do arquiteto Juan da Villanueva e o mesmo foi construído após o grande incêndio de 1790. Este acabou por ser a solução encontrada para a acentuada diferença de nível entre a praça e a antiga Cava de San Miguel. A sua imponente altura valeu-lhe o nome de primeiro arranha-céus de Madrid.
Casa de la Panadería
A Casa de la Panadería é um belo edifício de 4 andares, composto pelo piso térreo com pórtico, o último andar com sótão e ainda as laterais adornadas com torres angulares. Foi construída em 1619, por Juan Gómez de Mora, mas após o segundo incêndio da praça, acabou por ser reconstruída por Tomás Román em conjunto com os pintores Claudio Coelho e José Jiménez Donoso. Este edifício destaca-se pelos seus bonitos afrescos e esculturas. A Casa de la Panadería acabou por servir de inspiração a Juan de Villanueva, após o terceiro grande incêndio, para a última grande reconstrução da Plaza Mayor de Madrid.

Inicialmente, o piso abrigava a principal padaria da cidade, mas a partir do século XVIII passou a abrigar os escritórios do Peso Real e do Fiel Contraste. Em tempos, abrigou também a Real Academia de Belas Artes de San Fernando e a Real Academia de História. Atualmente, abriga alguns escritórios municipais, assim como várias instituições.
Casa de la Carnicería
A Casa de la Canicería é um edifício de 4 andares, composto pelo piso térreo com pórtico, o último com forma de sótão elevado entre duas torres no telhado. Ao contrário da Casa de la Panadería, esta não possui afrescos nem esculturas, mas destaca-se pela sua arquitetura robusta.

Não se sabe ao certo a data de construção do atual edifício. Mas acredita-se que o mesmo tenha sido reconstruído após o primeiro grande incêndio da Plaza Mayor de Madrid. No final do século XIX, abrigava a sede da Vice-Prefeitura. E no início do século XX, passou a abrigar vários escritórios da Câmara Municipal.
Estátua de Filipe III
No centro da Plaza Mayor de Madrid ergue-se a imponente estátua equestre de Filipe III. Construída por Giambologna e Pietro Tacca, esta foi um presente do então Grão-Duque de Florença, Cosimo II di Medici, ao Rei de Espanha. É uma das mais importantes peças da estatuária monumental maneirista, sendo uma das poucas que sobrevivem na Europa. A escultura representa o Rei Filipe III, com a cabeça descoberta, envergando meia armadura. No peito pende um colar com a Ordem do Tosão de Ouro, enquanto que na mão direita segura o bastão de comando e na mão esquerda as rédeas do cavalo. O cavalo tem uma das patas dianteiras levantada, dando dinamismo à figura.

Restaurantes e Cafés
A Plaza Mayor de Madrid é uma magnífica praça repleta de restaurantes e cafés, que proporcionam uma experiência gastronómica única. De entre as várias opções destacam-se a Chocolataría San Ginés, especialistas em churros de chocolate. Outra opção é o Mercado de San Miguel repleto de bancas de mercado e com várias cafetarias onde pode provar algumas das mais deliciosas especialidades madrilenas. O Restaurante Botín, restaurante mais antigo do mundo, é uma boa opção para os que gostam de visitar locais emblemáticos. Se gosta de gastronomia madrilena não deixe de visitar a Casa Ciriaco.
Curiosidades da Plaza Mayor
Existem várias curiosidades engraçadas sobre a Plaza Mayor de Madrid. Por exemplo, sabia que nas fachadas dos seus edifícios é possível encontrar marcas de tiros da época da guerra Civil Espanhola?
Outra curiosidade interessante é que a praça sofreu três grandes incêndios ao longo da sua história. O primeiro em 1631, o segundo em 1670, de grandes proporções destruiu grande parte da Plaza Mayor, levando a uma reconstrução significativa. E por último em 1790, um incêndio devastador, resultando em novas reconstruções e remodelagens.

Uma particularidade engraçada é que os habitantes da praça tinham de ceder as suas varandas à corte nos dias de celebrações. Então o Rei Filipe IV, decidiu comprar uma varanda discreta para que a sua amante, a atriz María Calderón, pudesse assistir às celebrações, sem levantar suspeita. A varanda passou a ser denominada de varanda de Mariazápalos.
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2 thoughts on “Plaza Mayor de Madrid, dedicada à maior glória da monarquia”