Braga, considerada por muitos como a Roma portuguesa é uma cidade com mais de dois mil anos de história. E apesar de ser um destino religioso por excelência, a verdade é que a “Cidade dos Arcebispos” tem muito mais para ver e fazer. Conhecida pela sua enorme beleza e riqueza patrimonial, Braga alia a tradição à inovação, a memória à juventude, a criatividade ao conservadorismo. Assim, venha connosco visitar Braga e descobrir o que ver e fazer na Roma portuguesa.
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Onde se localiza
Braga, situada no coração do Minho, a capital da sub-região do Cávado, está numa área entre serras, florestas, grandes vales, planícies e campos verdejantes. Localizada a noroeste da Península Ibérica, Braga está entre o Rio Douro e o Rio Minho e encontra-se a cerca de 55 quilómetros do Porto e a cerca de 370 quilômetros de Lisboa.
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Um pouco de história
Braga foi fundada pelo Imperador Augusto, em 16 a.C., com o nome de Bracara Augusta, numa clara homenagem à aliança formada pelo Imperador com o povo indígena dos Bracari. A cidade cresceu à medida que o Império Romano também cresceu e séculos mais tarde passa a capital da província de Galécia. Com a expansão do povo Suevo acaba por se tornar capital política do Reino Suevo mas este é um reinado que dura pouco. E depois ter passado brevemente pelas mãos dos Visigodos, Bracara Augusta é tomada pelos Mouros, que a batizam de Saquiate. Com a reconquista, a cidade de Braga surge durante o século XI e da Bracara Augusta pouco resta.
Braga surge então como sede episcopal, nasce a Sé de Braga e a cidade medieval amuralhada ergue-se em volta da Sé. Com a requalificação da cidade e do arcebispado, a cidade volta a ganhar importância. Mais tarde, Braga é oferecida como dote, por Afonso VI de Leão e Castela à sua filha Dona Teresa, como prenda de casamento com Dom Henrique de Borgonha, que depois a doam aos Arcebispos. E foram estes que foram desenvolvendo a cidade, alargando ruas, construindo praças, erguendo fontes e capelas.
Visitar Braga: o que ver e fazer na Roma portuguesa
Quando visitar Braga não se limite a ver “Braga por um canudo” e perca-se pela ruas e vielas desta bela cidade do norte de Portugal. Assim, venha conosco descobrir o que ver e fazer na Roma Portuguesa, também denominada Cidade dos Arcebispos, Capital do Barroco e Penico do Céu.
Visitar a Sé Catedral e o Tesouro da Sé
A Sé de Braga é a primeira Catedral de Portugal, surgindo daí a expressão “mais velho do que a Sé de Braga”. Erguida décadas antes da fundação de Portugal, é dedicada à Virgem Maria. Este belo conjunto arquitetônico é composto pelo edifício da Sé e as dependências exteriores, que englobam 4 capelas e os claustros. Designada como Catedral de Santa Maria de Braga, esta reúne diferentes estilos arquitetônicos e artísticos, resultado de séculos de existência. O principal destaque da catedral vai para uma das suas capelas, onde estão guardados os túmulos dos pais de Dom Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal.
Descansar Jardim de Santa Bárbara
Ao visitar Braga aproveite para descansar no Jardim de Santa Bárbara, um dos jardins mais bonitos da cidade. Localizado no centro da cidade, este surge como uma espécie de refúgio citadino, que convida quem ali passa a fazer uma pausa. O Jardim de Santa Bárbara, situado junto à ala medieval do Paço Episcopal Bracarense, caracteriza-se pelos seus magníficos canteiros floridos, pela sua fonte do século XVII, com a estátua de Santa Bárbara no topo e ainda por uma parede alta em pedra recortada por ameias, a fazer lembrar um castelo.
Explorar o Santuário do Bom Jesus de Braga
O Santuário do Bom Jesus do Monte, classificado como Património Cultural Mundial da Humanidade, pela UNESCO, é um santuário católico dedicado ao Senhor Bom Jesus. O atual Santuário, ex-libris de Braga, é um magnífico sacro-monte, onde predomina a arquitetura religiosa, barroca, rococó e neoclássica. Este conjunto arquitetônico paisagístico compõe-se por uma igreja neoclássica, do século XVIII, um escadório, que liga a parte alta da cidade de Braga ao Santuário do Bom Jesus do Monte, uma zona de mata, com vários trilhos assim como diversos jardins e lagos artificiais, alguns hotéis e um funicular.
Fotografar o Sameiro
Ao visitar Braga não deixe de ir até ao Santuário Nossa Senhora do Sameiro, um santuário mariano, que remonta a 1863, localizado no Monte Sameiro, o ponto mais alto de Braga. O conjunto monumental demorou quase 100 anos a ficar totalmente construído. Atualmente é composto pela Basílica, várias praças e jardins, a cripta e uma escadaria, no topo da qual se obtém uma das melhores paisagens de Braga.
Admirar a fachada da Igreja de Santa Cruz
A Igreja de Santa Cruz, é uma igreja do século XVII, construída em estilo barroco maneirista. Erguida a mando do arcebispo Afonso Furtado de Mendonça, caracteriza-se pelo seu exterior em pedra trabalhada com simetria central. Já o seu interior com o traço do Frei José de Santo António Vilaça, possui um magnífico trabalho em talha dourada.
Há uma lenda associada a este igreja. Ou seja, segundo reza a lenda existem três galos na fachada da igreja e a “moça casadoira” que os encontrar, terá casamento marcado em breve. A verdade é que dois dos galos são fáceis de encontrar mas o terceiro é um verdadeiro quebra-cabeças.
Descobrir a Casa e Capela dos Coimbra
A Casa e Capela dos Coimbra apesar de juntos, apresentam-se como dois monumentos autónomos e com classificação distinta. A Capela dos Coimbra, também conhecida como Capela do Senhor Morto ou Capela de Nossa Senhora da Conceição, é um edifício do século XVI. Construída a mando de Dom João Coimbra, esta apresenta um formato de torre quadrangular composta pela galilé, com diversos ornamentos manuelinos e o brasão de armas da família Coimbra. No seu interior destaca-se o tradicional altar-mor, o retábulo, enquadrado por um painel de azulejos do século XVIII, assim como a escultura da “deposição do Senhor no túmulo”.
Já a Casa dos Coimbra, também conhecida como Palácio dos Coimbra, erguida no século XVI, serviu como residência dos eclesiásticos. O edifício manuelino original já não existe, pois acabou demolido no início do século XX. Atualmente, a Casa dos Coimbra é uma reconstrução do início do século XX, que preservou algumas janelas e portas manuelinas e onde se encontra um pequeno restaurante.
Atravessar o Arco da Porta Nova
O Arco da Porta Nova é uma das construções mais emblemáticas da cidade de Braga. Mandada construir em 1512, pelo arcebispo Dom Diogo de Sousa, esta foi a primeira de 8 portas existentes na cidade, que não levavam a nenhum caminho em específico. Uma curiosidade sobre esta atração e o povo bracarense é que estes são conhecidos por deixarem a porta aberta, vindo daí a expressão “És de Braga?”.
Há várias teorias para explicar a expressão, mas a mais aceite resulta do fato de o Arco da Porta Nova nunca ter tido uma porta. Acredita-se que tal ocorreu porque aquando da sua construção, já não havia guerra e a cidade estava em franca expansão para além dos muros. Como tal, não se viu motivo para colocar uma porta no local.
Descobrir o Museu dos Biscainhos
Se visitar Braga não deixe de ir ao Museu dos Biscainhos, integrado na Palácio dos Biscainhos. Este possui um acervo de artes decorativas do século XVII e XVIII, ilustrando a vivência da sociedade da época numa casa senhorial. O Palácio dos Biscainhos, construído em 1712, a mando de Deão Francisco Pereira da Silva serviu de residência aos Condes de Bertiandos. Mais tarde, o edifício foi doado à cidade de Braga e em 1978 criou-se o Museu, para que todos pudessem apreciar os sumptuosos salões, os tetos magníficos, os deslumbrantes jardins barrocos e tantos outros pormenores únicos. O espólio do museu engloba mobiliário e cerâmicas barrocas, porcelanas chinesas, vidraria europeia, prataria civil, têxteis, assim como pintura portuguesa e europeia.
Orar na Igreja do Pópulo
A Igreja do Pópulo, integrante do Convento do Pópulo, surgiu no final do século XVI, por iniciativa do Arcebispo Dom Frei Agostinho de Jesus. Este complexo, consagrada à Virgem venerada na Igreja de Santa Maria do Pópulo, em Roma, tinha como objetivo servir de local de sepultura do arcebispo.
Apesar de ter falecido em 1609, o seu corpo apenas foi transladado para o local em 1628. Atualmente encontra-se num túmulo de madeira, colocado num arcossólio na capela-mor do templo. O principal destaque desta bonita igreja vai contudo para a sua riqueza decorativa, em especial para o revestimento de azulejos azul e branco, atribuídos ao ceramista Policarpo de Oliveira Bernardes.
Visitar Braga é sem dúvida uma passeio magnífico que deixará qualquer um rendido a esta cidade ímpar.
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