Hoje o artigo é dedicado à minha visita ao Forum Romano e Monte Palatino, apesar de o artigo já estar pronto à algum tempo só agora consegui vir aqui publicá-lo, pois acabei de ser mãe e a minha princesa Cléo tem absorvido grande parte do meu tempo.
Conteúdo do artigo
Roma
Com este artigo pretendo dar-vos a conhecer um pouco da história deste fantástico local e dos seus diferente edifícios. As fotos usadas foram tiradas por mim, enquanto que as imagens ilustrativas, que utilizei para dar uma ideia de como seriam alguns dos monumentos na altura da sua construção, são retiradas do livro Roma Reconstruída, da Archeolibri.
Roma já era uma cidade importante e com história, quando a maioria das capitais europeias ainda não existiam. Esta cidade é muito mais do que o Coliseu, inúmeros são os monumentos e ruínas espalhados pela cidade, o que faz com que mesmo os próprios romanos não os conheçam a todos.
Ora um dos locais mais populares da cidade é o Complexo Forum Romano-Palatino, sendo fácil imaginar, para quem visita, que este local repleto de ruínas foi o coração de Roma, durante séculos. Os seus visitantes conseguem ter uma fantástica noção da grandiosidade do que terá sido o Império Romano, sendo possível ainda ver vestígios de diversos edifícios, jardins, poços, sistemas de esgotos, entre outros. Contudo, a maioria dos edifícios não sobreviveu, ao longo dos séculos, em parte devido a diversas invasões, destruições e ao abandono dos mesmos, chegando alguns a ficarem enterrados.
Forum Romano
O Forum Romano era o centro da vida civil e económico de Roma, sendo ali que aconteciam os mais importantes eventos da vida romana, na época da Roma Imperial. Nomeadamente, eleições, discursos políticos, julgamentos, cerimónias triunfais e até algumas batalhas.
A sua construção foi sendo gradual e ao longo de vários séculos. Acredita-se que começou a ser construído por volta do ano 700 a.C., no período dos Reis etruscos e foi crescendo até ao tempo do Imperador Júlio César, que tentou que o local acompanhasse o crescimento acelerado da população da cidade.
Este é atravessado pela Via Sacra, que conduzia à colina designada de Capitolino e actualmente é uma extensa zona de ruínas e local de escavações arqueológicas.
Para quem pretender visitar o Forum Romano pode fazê-lo através de duas entradas distintas, ou pela Via della Salara Vecchia ou vindo do Palatino. E o mesmo acontece para sair do local, ou seja, pode fazê-lo na saída próximo do Arco de Settimo Severo ou próximo ao Templo de Vénus e Roma.
Vários são os vestígios de Templos, Basílicas, Arcos e outros que poderá encontrar aqui.
Mapa do Forum Romano
Vista do Forum Romano
Imagem ilustrativa do Forum
– Via Sacra
A Via Sacra era a principal rua da Roma Antiga, ligando o Monte Capitolino ao Coliseu e que passava por alguns dos locais mais importantes do Forum Romano. Esta via tem sobrevivido ao longo dos tempos,
Parte da Via Sacra
– Templo de Vénus e Roma
O Templo de Vénus e Roma foi mandado construir pelo Imperador Adriano, no séc. II d.C. e foi dedicado a Vénus Félix e Roma Aeterna. Era o maior templo pagão da Roma Antiga e mais tarde, no séc. IX, foi convertido na Igreja de Santa Maria Nova, tendo sido depois dedicada a Santa Francisca Romana, no séc. XVIII.
Actualmente, apenas encontramos uma parte do edifício, uma vez que a maior parte foi desmoronando e sendo destruído, ao longo do tempo.
– Arco de Tito
O Arco de Tito é um arco triunfal, construído a mando do Imperador Domiciano, em homenagem ao seu antecessor e irmão Tito, de modo a comemorar a conquista de Jerusalém, no ano de 70 d.C.. No Arco podemos ver esculpidos vários símbolos do judaísmo, nomeadamente, a mesa do pão ázimo, as trompetas de prata e a Menorá (candelabro de sete braços). E durante muitos anos, nenhum judeu passava por debaixo deste arco. Só a partir de 1948, com a reconquista da sua terra e a consequente fundação do Estado de Israel o passaram a fazer.
Este é completamente construído em mármore e é o mais célebre arco de Roma, havendo quem defenda que este serviu de inspiração ao Arco do Triunfo, em Paris. E é dos poucos monumentos que está praticamente intacto.
Arco de Tito
– Basílica de Maxêncio
A Basílica de Maxêncio, também conhecida como Basílica de Constantino, foi um dos últimos edifícios a ser construído no Forum, trazendo imprimida a grandeza de Roma. Foi construída durante o séc. IV, tendo sido iniciada pelo Imperador Maxêncio e concluída pelo seu sucessor Constantino, após a vitória deste na Batalha da Ponte Mílvio (que opôs um contra o outro).
Este era um edifício público, onde se procediam a actividades jurídicas, políticas e económicas.
Um forte terramoto, em 847 d.C., destruiu grande parte da estrutura e actualmente podemos ver apenas o lado norte do mesmo, com os seus arcos e alguns nichos semicirculares.
Basílica de Maxêncio
Imagem ilustrativa da Basílica de Maxêncio
– Templo de Romulus
O Templo de Rómulo é um edifício de origem controversa, contudo, acredita-se que terá sido construído para servir de acesso ao Templo da Paz e que posteriormente foi reutilizado como um Templo dedicado a Valerius Romulus, filho de Maxêncio.
Mais tarde, juntamente com uma sala do Templo da Paz, foi transformado na Basílica de São Cosme e Damião (sobre a qual já fiz referência no roteiro do 3º dia em Roma). Este é um dos edifícios mais bem conservados do local, mantendo o seu formato circular, coberto com uma bonita cúpula e com uma porta de bronze ladeada por duas colunas.
Templo de Rômulo
– Templo de Antonino e Faustina
O Templo de Antonino e Faustina foi construído pelo Imperador Antonino Pio, em memória da sua esposa Faustina e após a morte do Imperador, o Senado decidiu dedicá-lo também a este. Mais tarde, durante o séc. VII ou VIII, foi transformado na Igreja San Lorenzo in Miranda e em 1602, a mesma foi reconstruída, em estilo barroco por Orazio Torriani. Acredita-se que do tempo da Roma Antiga apenas se mantém o fantástico pórtico.
Templo de Antonino e Faustina
– Basílica Emília
A Basílica Emília foi construída no ano de 179 a.C., a mando de Emílio Lepido e Fulvio Nobiliore. Foi sofrendo várias alterações ao longo dos anos, a última das quais no início do séc. V d.C., quando um grande incêndio ocorreu neste local, depois do saque de Roma por Alarico. Esta tinha cerca de 100 metros de comprimento e possuía uma fachada com 16 arcos, chamando a atenção de qualquer um que passasse neste local e servia essencialmente para actividades legislativas e administrativas, da cidade.
Actualmente, quase passa despercebida, uma vez que resta muito pouco da sua estrutura.
Ruínas da Basílica Emília
Esquema da Basílica Emília
– Santuário de Vénus Cloacina
O Santuário de Vénus Cloacina é dedicado à divindade do Cloaca Maxima, o principal esgoto de Roma. Cloacina, a deusa etrusca (deusa da limpeza) surge assim associada ao sistema de esgotos e posteriormente foi identificada como a deusa romana Vénus. Isto porque os romanos acreditavam que um bom sistema de esgotos era fundamental para o sucesso de Roma, pois permitia manter uma boa higiene, evitando assim possíveis epidemias.
Este monumento encontrava-se localizado junto à Via Sacra, em frente ao Tabernae Novae (que mais tarde foi substituído pela Basílica Emília). Acredita-se que o santuário foi a entrada para o sistema de esgotos da cidade, apesar de esse facto não ter sido provado.
Actualmente, apenas resta uma base de mármore circular deste santuário.
– Coluna de Foca
A Coluna de Foca é uma coluna coríntia de mármore branco, com 13,6 metros de altura, construída em 608, sendo um dos monumentos mais recentes do Forum. Foi dedicada ao Imperador Bizantino Focas, que visitou Roma.
Coluna Foca
– Arco de Settimo Severo
O Arco de Settimo Severo é um arco triunfal, que terá sido dedicado ao Imperador Settimo Severo e aos seus dois filhos, Caracalla e Geta, desde 203 d. C., para deste modo celebrar a vitória sobre os Phartos. Após a morte do Imperador, Caracalla matou o seu irmão Geta, para não necessitar de dividir o poder, e mandou retirar o seu nome do arco. Contudo, ainda se conseguem visualizar os contornos das letras do seu nome.
Este possui três aberturas, com uma passagem central ladeada por duas laterais menores, que comunicam entre si, por meio de duas pequenas passagens. O Arco esteve soterrado durante muito tempo, onde apenas se conseguia visualizar o topo e posteriormente foi incorporado numa igreja que foi construída no local, o que permitiu que se mantivesse bem preservado. Contudo, os relevos presentes na sua decoração encontram-se bastante danificados.
Arco de Sétimo Severo
– Templo de Saturno
O Templo de Saturno terá sido erigido por volta do ano 497 a.C., tendo sido construído nos primeiros anos da era da República, em Roma. Este consistia numa plataforma elevada com 8 colunas, tendo sido dedicado a Saturno, o deus do tempo e da agricultura. Para além da sua função de templo, este foi também o local onde estava sediado o Tesouro do Estado (onde as moedas eram cunhadas e onde guardavam os tesouros e documentos importantes).
Actualmente, podemos ainda observar o pedestal do templo e 8 colunas do antigo pórtico, em granito.
Templo de Saturno
– Templo de Vespasiano
O Templo de Vespasiano, foi mandado construir pelo Imperador Domiciano, no séc. I d.C., em honra de seu pai Vespasiano e do seu irmão e antecessor, Tito (ambos divinizados após a morte).
O edifício ficava numa plataforma, com uma escada e um pórtico composto por seis colunas. Nele ficavam guardadas muitas obras de arte, proveniente de várias regiões. Actualmente, apenas restam 3 colunas, suportando parte do friso que as unia.
Templo Vespasiano
Templo de Saturno ao fundo e Templo de Vespasiano à direita
– Pórtico dos Deuses Harmoniosos
O Pórtico dos Deuses Harmoniosos, descoberto em 1834, é um invulgar edifício com doze quartos ( dos quais apenas restam 7), que se encontram precedidos por um pórtico, composto por 12 colunas de mármore, tendo cada uma delas sido dedicado a um dos 12 deuses do Olimpo. Acredita-se que eram nestes quartos que se encontravam sediados os escritórios dos funcionários judiciais do Capitólio.
Pórtico dos Deuses Harmoniosos
– Tabulário
O Tabulário é um edifício situado por detrás do Templo Vespasiano, construído por volta do ano 78 a.C., por ordem de Lúcio Cornélio Sula, tendo sido posteriormente restaurado pelo Imperador Cláudio. Este edifício terá sido o arquivo oficial da Roma Antiga e ainda a sede dos escritórios de vários funcionários públicos.
Actualmente faz parte do Complexo dos Museus Capitolinos e é acessível a partir da Galeria que liga o Palácio Novo ao Palácio dos Conservadores.
Tabulário no plano de fundo
– Basílica de Júlia
A Basílica de Júlia, construída no séc. I a.C., era um imponente edifício público, mandado construir por César (com o espólio da Guerra Gálica) e terminado já depois da morte de Augusto. Estavam sediados neste edifício os tribunais civis, algumas tabernas e ainda era o local onde se encontravam algumas tesourarias e a administração do governo.
Actualmente, apenas conseguimos ver algumas bases de colunas e vários fragmentos espalhados pelo chão. Também é possível observar a escadaria da frente e uma pequena parede traseira com alguns arcos que fizeram parte do edifício original.
Ruínas da Basílica Júlia
Esquema da Basílica Júlia
– Templo de César
O Templo de César, construído no ano de 42 a.C., foi mandado construir por Ottaviano, para dedicar ao Imperador Júlio César (seu tio), no sítio onde este foi queimado. César foi o primeiro romano a ser deificado após a morte.
Actualmente, pouco resta deste edifício, apenas algumas fundações protegidas por uma cobertura de madeira. Mas sabe-se que este ficava num pódio, com duas escadas laterais e composto por seis colunas na frente e duas nas laterais. Este foi um dos edifícios mais saqueados do Forum, pois muitos queriam destruir o culto feito ao ditador Júlio César.
O Altar de César
– Templo de Castor e Pólux
O Templo de Castor e Pólux, também conhecido como Templo dos dois Gémeos, foi construído no ano de 483 a.C., para comemorar a vitória de Aulo Postúmio na Batalha do Lago Regillo, sobre os latinos. Segundo a lenda, os gémeos da mitologia grega, lutaram nesta batalha à frente do exército romano e posteriormente, terão ido levar a notícia da vitória a Roma. Na sua loucura, Calígula transformou o templo num pórtico do seu palácio.
Este Templo foi, durante muito tempo, o local de encontro para os senadores romanos. Actualmente, apenas restam três colunas coríntias e uma parte da cornija, ambos feitos em mármore.
Templo de Castor e Pólux
– Arco de Augusto
O Arco de Augusto foi um arco triunfal do Imperador Augusto, para celebrar o retorno dos estandartes capturados na batalha de Carras, acabando por substituir o arco anterior construído por Otaviano, para celebrar a vitória na Batalha de Áccio (contra Marco António e Cleópatra). A substituição dos arcos, foi feita sobretudo para esquecer a guerra civil contra Marco António e deste modo celebrar uma vitória diplomática, em vez de uma vitória militar.
Actualmente, apenas restam alguns blocos de travertino e parte de três dos quatro pilares.
Vestígios do Arco Augusto
Ao fundo Templo de Júlio César e Arco Augusto À direita Templo de Castor e Pólux
– Templo de Vesta
O Templo de Vesta, é um dos templos mais antigos do local e é caracterizado pelo seu formato circular (algo incomum nos templos romanos), composto por 20 colunas coríntias e uma abobada, com um orifício no centro. Este foi dedicado ao culto da deusa Vesta (deusa romana do fogo), pelas sacerdotisas Vestais e no centro do templo, era mantido eternamente aceso o fogo sagrado, pelas mesmas. Mas em 394, o Imperador Teodósio I, pôs fim ao culto e o local sofreu várias alterações ao longos dos tempos.
Já no séc. XVI, o mármore que revestia o edifício foi retirado e em 1930 terá sido restaurado, de modo a preservar o que ainda restava do Templo de Vesta, sendo o que se vê actualmente (algumas colunas e um pedaço de parede).
Templo de Vesta
– Casa das Vestais
A Casa das Vestais foi uma espécie de Convento de três andares, com vários ambientes distintos que se abriam à volta de um átrio central, onde se encontravam belas fontes, um belo jardim e um bonito pórtico, composto por várias colunas. Era a residência das virgens vestais e ao longo do pórtico, encontravam-se dispostas as estátuas das vestais mais célebres.
Actualmente, encontramos parte das fundações dos aposentos e do pátio interno, encontramos algumas colunas, a fonte central e ainda algumas estátuas (sem cabeça).
Plana da Casa das Vestais
Ruínas do pátio central
Escultura de uma das vestais
Esquema ilustrativo da Casa das Vestais
Monte Palatino
O Monte Palatino é uma das sete colinas de Roma e acredita-se que terá sido aqui que a cidade começou, tendo sido o centro de Roma durante duas épocas distintas: a dos Reis e a dos Imperadores. Este encontra-se numa zona tranquila e cheia de ruínas de fantásticos templos, do séc. III a.C., e ainda de magníficos palácios, que muitos imperadores romanos construíram para servirem de moradias pessoais, a maioria do séc.I, sendo este local um autêntico museu ao ar livre.
Uma das entradas para o Palatino
– Domus Tiberiana
O Palácio Tiberiano, foi mandado construir pelo Imperador Tibério, sendo o maior palácio do Palatino e possuía um encantador jardim central. Ao longo dos anos vários foram os Imperadores que aqui viveram e fizeram alterações no mesmo. Nomeadamente, Calígula, que ampliou o edifício para o lado do Forum Romano, utilizando o Templo de Castor e Polúx como entrada para o Palácio.
Depois da queda do Império Romano, este local serviu de moradia a membros da Igreja e em 1542, já depois do edifício ter sido abandonado, o Cardeal Alessandro Farnese mandou construir os Jardins Farnese, que terá sido o primeiro jardim botânico da Europa.
Actualmente, no local podemos observar os jardins e ainda várias salas que ficam de frente para o Forum Romano.
Domus Tiberina – vista a partir do Forum Romano
– Criptopórtico Neroniano
O Criptopórtico Neroniano (corredor coberto, utilizado tanto como corredor, como para sustentar a estrutura de um edifício) servia para ligar o Palácio Transitório, do Imperador Nero, ao Palácio vizinho, o Palácio Tiberiano.
Actualmente, ainda é possível ver o criptopórtico praticamente intacto, com diversas figuras de relevo, apesar do Palácio já não existir.
Criptopórtico Neroniano
– Templo de Magna Mater
O Templo de Magna Mater foi um templo dedicado a Magna Mater (a deusa do ciclo vida-morte-renascimento). As consequências das Guerras Púnicas levou a que os romanos entrassem em crise e consequentemente, se sentissem perseguidos pelos deuses. Para tentar reverter essa situação, construíram um Templo em homenagem à deusa Magna Mater, e a verdade é que a partir daí Roma venceu a guerra e conseguiu reerguer-se.
O edifício era semelhante a tantos outros, localizado sob um pedestal e rodeado por várias colunas. Contudo, actualmente apenas restam vestígios do pedestal onde este se encontrava.
–Templo de Vitoria
O Templo de Vitória, terá sido construído no topo do Palatino no ano de 294 a.C. e situava-se junto ao Templo de Magna Mater. Este templo terá sido danificado por um incêndio no ano de 111 a.C. e mais tarde foi totalmente re-construído. Actualmente, encontramos parte do pódio, alguns fragmentos de colunas de mármore e ainda os rostos de duas estátuas de divindades ( que estão no Museu Palatino).
Parte do pódio do Templo de Vitória
– Cabana de Rómulo
A Cabana de Rómulo é outros dos locais sobre os quais não há muita certeza sobre a sua origem. Bem junto à Casa de Augusto, foram encontrados vestígios de 3 cabanas, da Idade do Ferro. Ora, segundo a lenda Rómulo teria fundado uma cidade quadrada, por cima do Monte Palatino, ao qual chamou Roma, na altura da Idade do Ferro. E ainda foram encontrados vestígios de uma muralha, que parecia ter sido quadrada. Com estes dados, vários arqueólogos acreditam que estas ruínas serão então vestígios da Cabana de Rómulo.
Cabana de Rómulo
– Casa de Augusto
A Casa de Augusto foi o primeiro palácio imperial do Monte Palatino e serviu como residência privada do Imperador Augusto. Acredita-se que quando se tornou imperador, Augusto terá comprado algumas casas que existiam no local e construiu a sua própria moradia, com dois pátios centrais e vários aposentos em seu redor. O complexo era ainda composto pela Casa de Lívia e o Templo de Apolo.
Actualmente, ainda é possível ver um dos pátios, localizado entre esta e a Casa de Lívia, bem como alguns dos quartos, onde ainda é possível observar as pinturas originais, datadas do ano 30 a.C.. Só é pena, que nem sempre a Casa esteja aberta ao público.
Parte do Complexo da Casa de Augusto
– Casa de Lívia
A Casa de Lívia situa-se junto à Casa de Augusto e apesar de não haver muitas certezas acerca da sua origem, acredita-se que esta terá pertencido à esposa do Imperador Augusto, Lívia.
Actualmente, ainda é possível ver bastantes coisas do edifício antigo, que está semi-enterrado. Este está construído numa encosta é vários são os aposentos originais que ainda são possíveis de observar, assim como o pátio central.
Casa de Lívia
– Templo de Apolo
O Templo de Apolo foi o primeiro templo a ser erigido aos Deus grego. Este erguia-se no meio de uma praça, rodeado por um pórtico de mármore. Este templo foi prometido por Octaviano, em troca da vitória na Batalha de Nauloco, sobre Sesto Pompeo, no ano de 36 a.C. e sobre Marco António e Cleópatra, na batalha de Actium, em 31 a.C., tendo sido construído no local onde anteriormente teria caído um raio.
O monumento terá sido construído em blocos de mármore de Carrara, e possuía um pórtico, composto por várias colunas, também elas em mármore e possuía ainda várias estátuas, para além de abrigar duas bibliotecas.
Vestígios do Templo de Apolo
– Casa de Griffins
A Casa de Griffins é um dos melhores exemplos das casas típicas da era republicana e o seu nome provém do material com que é feita. Acredita-se que terá sido construída na primeira metade do séc. II a.C. e a sua decoração remontará ao séc. I a.C.. Este edifício possui dois andares, o piso inferior estará praticamente todo soterrado, enquanto que o piso superior foi construído em volta de um átrio e apenas algumas paredes permanecem. Actualmente, conseguem ver-se três áreas principais que se abrem para o átrio e quatro salas mais pequenas.
Casa de Griffins
– Museu Palatino
O Museu Palatino localiza-se dentro do Palatino, tendo sido inaugurado no séc. XIX e aqui encontram-se todos os achados resultantes das escavações do Monte Palatino.
O mesmo é composto por dez salas, divididas por dois andares. No rés-de-chão encontramos os vestígios da história do Palatino desde a pré-história (do Paleolítico à Idade do Bronze) até às Eras Arcaica e Republicana (do séc. VI a.C. ao séc. I a.C.), já no primeiro andar encontramos os vestígios de toda a Era Imperial.
– Palazzo Domiciano
O Palácio Domiciano, foi mandado construir pelo Imperador Domiciano, no ano de 81 d.C. e foi o principal complexo imperial do Monte Palatino. Era composto por três áreas distintas, a Domus Flavia, a Domus Augustana e o Estádio Palatino. Pela primeira vez um único complexo abrangeu todas as funções e necessidades da vida política e social da época. Este complexo foi descoberto e escavado no séc. XVIII.
– Domus Flavia
O Palácio de Flávia foi construído a mando do Imperador Domiciano, sendo o edifício anexo ao Palácio Augusto e tinha como principal funções servir para diversas actividades públicas. Possuía um pátio interno, com um labirinto octogonal e várias salas à volta, de entre as quais uma que servia como tribunal de justiça, uma sala do trono e um santuário para os deuses. Actualmente, ainda é possível observar as fundações do labirinto octogonal e ainda os espaços onde se encontravam as diversas salas.
Domus Flávia
– Domus Augustana
O Palácio Augustana, situado junto ao Museu Palatino, foi mandado construir pelo Imperador Domiciano, para servir de seu palácio privado e da sua corte. Era constituído por dois pisos que acompanhavam a inclinação do Monte Palatino e oferecia uma vista absolutamente fantástica sobre o Circo Massimo. Na frente do palácio, encontravam-se as salas de recepções e a dos banquetes, enquanto que nos fundos ficavam os aposentos privados do Imperador e da sua família.
Actualmente, ainda é possível ver algumas paredes dos quartos, o local onde ficavam os jardins internos e parte da fachada da frente que fica virada para o Circo Massimo.
Domus Augustana
Domus Augustana vista do Circo Massimp
– Estádio Palatino
O Estádio Palatino foi mandado construir pelo Imperador Domiciano, tendo sido posteriormente restaurado pelo Imperador Settimo Severo. Este local faz parte do complexo da Domus Severiana, localizando-se entre esta e a Domus Augustana. Era um campo rectangular, envolto numa colunata de dois pisos, sendo reservado para a pratica desportiva. Quando havia algum evento, as estátuas dos deuses era retiradas dos seus templos e colocadas na tribuna de honra ao lado do Imperador, para deste modo assistirem ao evento.
Actualmente, é possível visualizar o pátio e vestígios da tribuna circular, onde ficava o Imperador e “os deuses”.
Estádio Palatino
– Domus Severiana
O Palácio Severiana foi mandado construir pelo Imperador Settimo Severo, tendo sido o último dos palácios imperais a ser construído no Palatino. Como foi erigido numa das encostas do Monte Palatino, foi construído sobre uma plataforma, com várias arcadas como pilares, para que deste modo ficasse ao nível dos outros edifícios que ficavam ao cimo da colina. Nos fundos do palácio existia um complexo de termas, que apesar de ter sido mandado construir pelo Imperador Domiciano, foi concluído por Settimo Severo, que assim o anexou ao seu palácio.
Actualmente é possível ver algumas das arcadas que pertenciam à plataforma sob as quais foi construído o edifício.
Parte das arcadas da Domus Severiana
–Acqua Claudia
O Aqueduto Cláudia foi o aqueduto da cidade, mandado construir por Calígula e terminado na época do seu sucessor, o Imperador Cláudio, integrado na rede de distribuição para toda a cidade. No Palatino é possível encontrar ruínas de parte desse aqueduto que fornecia esta zona.
Arcada do Acqua Claudia
E assim termina mais um artigo desta série da nossa viagem por Roma, Florença e Pisa. Espero que este artigo vos seja útil para perceberem um pouco melhor a história de Roma e a função de todos estes locais.
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4 thoughts on “Forum Romano e Monte Palatino”