Hoje farei um artigo muito especial para mim, pois falarei do local mais bonito e fascinante em que alguma vez já estive, a bela ilha de Santorini, na Grécia.
Ela oferece uma variedade impressionante de paisagens, tornando o lugar inesquecível. Tive o prazer de conhecer esta bonita ilha num cruzeiro que fiz durante a minha Lua de Mel, mas depois disso já consegui lá voltar num outro cruzeiro que fiz e ainda fiquei mais apaixonada.
Com este artigo tentarei mostra-vos o que é possível fazer num dia pela Ilha. Venha connosco passar um dia em Santorini.
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Conteúdo do artigo
Um pouco de história
Durante o Império Romano, Thera, como era inicialmente chamado, nada mais era do que uma pequena e insignificante ilha. Contudo, o cristianismo chegou cedo à ilha e foi-se difundindo ao longo dos tempos. Após a queda de Constantinopla para os cruzados, Thera tornou-se a sede de um dos quatro bispos católicos do Ducado e viu surgir então o nome de Santorini, que provém do nome Santa Irene e que significa a “mais bela” .
Em 1821, Santorini participou na luta pela independência dos turcos, e em 1830 tornou-se parte do estado grego. Até ao início do séc.XX o transporte têxtil, a produção de tomate e a viticultura foram florescendo e com o aparecimento dos barcos a vapor e consequente transporte das matérias primas da ilha até ao continente a economia floresceu.
E a partir do final da década de 70 o turismo começa a desenvolver-se e esta bonita ilha passa a fazer parte do imaginário de muitas pessoas.
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Vista da cidade de Fira a partir Imerovigli |
O nosso dia na ilha
Chegámos à ilha no cais de Fira e tivemos que apanhar o teleférico para a cidade, pagámos cerca de 4€ por pessoa. O percurso é assustador mas maravilhoso ao mesmo tempo. O único senão são as longas filas que poderemos apanhar e que acabam por nos fazer perder tempo precioso de visita à ilha.
Mas o que se sente quando se chega ao topo não tem descrição e vale toda a espera. Fira está pendurada nas mais altas falésias da Caldera, assemelhando-se a uma varanda natural, sobre o Mar Egeu. Ou seja, parece que entrámos noutro mundo e todas as imagens que anteriormente tínhamos visto não fazem jus à beleza que se apresenta à nossa frente. E posso dizer que a sensação, quando se visita o local pela segunda vez, não é de todo diferente. Aqui a frase “uma imagem vale mais do que mil palavras” nunca me pareceu tão acertada.
Fira
Fira localiza-se na borda de um penhasco e é o centro e também a capital da ilha, sendo o local ideal para os que gostam de agitação. Aqui existe uma rua cheia de lojas, que deixa qualquer um encantado com as vitrines das ourivesarias, cheias de peças absolutamente únicas.
Nós optámos por iniciar o nosso percurso por Fira da zona menos movimentada para a mais movimentada e como tal seguimos em direcção a Firostefani sempre ao longo da encosta junto ao mar. Este é um passeio que recomendo a todos, pois é extremamente sossegado e oferece-nos paisagens maravilhosas e únicas.
Nós na nossa caminhada em direcção a Firostefani |
Depois do nosso agradável passeio decidimos voltar para o centro de toda a acção e ao dirigirmo-nos para lá encontrámos a Catedral Católica de São João Batista, uma das maiores e mais imponentes igrejas da ilha. Esta é uma igreja que chama a atenção por se deslocar na paisagem, ou seja, a cor de pêssego do edifício foge ao típico branco e azul característico. Possui ainda um belíssimo relógio e torre sineira.
Catedral Católica |
De seguida, fomos visitar a Catedral Metropolitana Ortodoxa, localizada bem no alto de Fira. Este bonito templo foi construído em 1827, mas terá sido destruído por um terramoto em 1956 e foi reerguida após o mesmo. O seu interior possui fantásticas peças pintadas pelo artista grego Christoforos Assimis. Se pretender visitar o local tenha o cuidado de não levar roupa muito curta.
Catedral Metropolitana Ortodoxa |
Depois de visitar a Catedral Ortodoxa seguimos em direcção ao Museu Pré-histórico de Thera. A visita custa 3€ por pessoa e é bastante interessante, pois podemos ver vários artefactos encontrados nas escavações em Akrotiri. Sendo possível ainda, ver uma bela colecção de peças que representam o quotidiano da população de Santorini desde período Neolítico até à actualidade.
Depois de visitado o museu decidimos dar uma volta pelas ruelas cheias de comércio de Fira e logo de seguida fomos apanhar o autocarro para ir até à praia de Kamari.
Ruela de Fira
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Praia de Kamari
A Praia de Kamari é a praia mais conhecida da zona leste da ilha, e quando lá chegámos vimos uma praia lindíssima, mas muito diferente ao que estamos habituados. Em vez de areia tínhamos pedra vulcânica e aí percebemos que teríamos que alugar um chapéu de sol, pois seria impossível estar em cima pedra com o calor que se fazia sentir. A ida à água foi uma verdadeira luta, pois a pedra queimava horrores, e para remediar a situação colocámos as toalhas debaixo dos pés e arrastámo-nos até à água.
Entrada da Praia de Kamari |
Oiã
Depois de visitada a bela praia de Kamari seguimos em direcção à bonita cidade de Oiã (lê-se Ia). Esta foi esculpida nas colinas, e aqui encontrámos belas casas, construídas pelos capitães de navios venezianos, assim como “casas-caverna”, mais típicas, construídas pelos aldeões, verdadeiras obras de arte.Este é um local divino, silencioso e encantador, possuindo o pôr-do-sol mais famoso e romântico do mundo.
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Ruelas de Oiã |
Oiã é conhecida pelas suas casinhas caiadas branco e com as cúpulas azuis, o que nos permitiu tirar fotos maravilhosas e que parecem verdadeiros postais, comprados em qualquer papelaria.
Cúpula Anastasis |
Paisagens magníficas de Oiã |
Mas não são só as bonitas paisagens e o fantástico pôr-do-sol que esta cidade tem para oferecer. Tal como em outras ilhas da Grécia, aqui encontrámos alguns moinhos que completam a bela paisagem e ainda encontrámos algumas das mais famosas igrejas da ilha, assim como pequenas e deslumbrantes capelas com as suas abóbadas azuis, as imaculadas torres sineiras brancas e as pedras vulcânicas a delinear os seus muros ao longo da falésia da Caldera.
Cada uma destas capelas foi construída pelas famílias locais e serviam para rezarem pelo retorno dos membros da família que se encontravam no mar. Todas elas são dedicadas a santos e encontram-se fechadas ao público, exepto no dia do santo a que são dedicadas. Nesse dia, a família que construiu a capela abre a mesma e patrocina uma pequena festa onde são oferecidos vinhos e especialidades locais.
Uma das igrejas de Oiã
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Uma das belas e famosas igrejas que nos foi possível visitar foi a Igreja de Panagia de Platsani, a principal igreja de Oiã, construída em 1800 e mantida em perfeitas condições. O seu interior é uma verdadeira obra de arte, criada pelos artesãos locais. Esta foi inicialmente construída dentro das muralhas do Castelo de Oiã, mas mais tarde foi transferida para a sua localização actual e é dedicada ao Akathistos Hymn.
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Igreja de Panagia de Platsani
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Depois de visitarmos esta bela igreja e numa das muitas paragens para ver a paisagem, acabámos por encontrar uma das atracções mais conhecidas de Oiã, as Ruínas do Castelo Bizantino. O castelo de São Nikolas foi em tempos a mais bonita residência de Santorini. Contudo, actualmente, existem apenas algumas evidências dessa fortificação, uma vez que a maior parte do edifício ficou destruído no terramoto de 1956. Este é o local mais indicado para ver o famoso pôr do sol de Oiã, sendo aqui que a maioria dos turistas se aglomera antes do pôr do sol, com a máquina pronta a disparar.
Quando chegámos já se viam inúmeras pessoas no local, prontas para ver o espectáculo do pôr-do-sol.
Vai para Santorini e não sabe onde ficar? Leia então o post Onde ficar em Santorini: Imerovigli, Fira ou Oia e descubra qual o melhor local para si.
Novas experiências
Depois de termos dado uma volta pelas ruínas e pelas ruelas de Oiã, decidimos voltar para Fira pois estava quase na hora de termos que voltar ao barco.
E chegados a Fira a verdadeira aventura começou, quando decidimos regressar de novo ao cais, pois desta vez decidimos ir de burro e não de teleférico. Para além do facto de termos que andar de burro, a encosta a descer era toda em escadas. Foi uma experiência engraçada mas que nem todos gostaram.
E assim acabava um magnífico dia em Santorini, preenchido de memórias inesquecíveis e para sempre perpetuadas nas fantásticas fotos, conseguidas a cada esquina, entre os promontórios sobre o mar.
Caso tenha mais tempo na ilha não deixe de visitar todos os vilarejos da ilha. Dois dos vilarejos foram visitados pelo Leo, do blog Panorama de Viagem. Ele relata a sua experiência no post Megalochori e o Sítio arqueológico em Akrotiri: história em Santorini, não deixe de ler.
Devo confessar que este foi o artigo que mais tempo demorou a ser escrito, tendo desistido várias vezes. Talvez porque queria fazer algo especial dado a preciosidade deste local ou talvez porque não conseguia passar para palavras tudo aquilo que vi e senti das duas vezes que aqui estive e onde pretendo regressar.
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Não cheguei a conhecer Santorini em minha viagem pela Grécia, mas só de ler seu post fiquei com muita vontade!!
Patrícia, quanto tempo vocês esperaram na fila do teleférico? Quanto tempo passaram em Santorini, não sei se você lembra que horas saiu do navio e que horas retornaram? Obrigada!
Olá, Luciana. A fila para ir no teleférico é bem tranquila até porque nem toda a gente sai do cruzeiro assim que atraca. A minha dica é que saiam mal atraquem. Cuidado é no regresso. Aí sim a fila é gigante, tanto que nós optámos por descer de burro. há quem desça a pé, também podem faze-lo mas com os burros a descer e o cheiro destes não sei se será a melhor opção.