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Descobrir o Parque e o Palácio de Monserrate

Monserrate
Localizados a cerca de 4 quilómetros da vila histórica de Sintra, temos o Palácio e o Parque de Monserrate, exemplares do ecletismo do séc. XIX, onde os motivos exóticos e vegetalistas da decoração do interior se estendem harmoniosamente para o exterior.
 

História

 
O Palácio foi projectado pelos arquitectos Thomas James Knowles, pai e filho, tendo sido construído em 1858, a mando de Sir Francis Cook, visconde de Monserrate. Residência de Verão da família Cook, o Palácio terá sido construído sobre as ruínas da mansão neo-gótica do comerciante inglês Gerard de Visme, responsável pelo primeiro palácio de Monserrate.
 
Em 1793, William Beckford alugou a propriedade e realizou algumas obras no local, iniciando a criação de um jardim paisagístico. Mais tarde, o local foi visitado pelo Lord Byron, e o aspecto da propriedade, já em ruínas, serviu como fonte de inspiração ao poeta, que cantou Monserrate na sua obra Childe Harold’s Pilgrimagem,o que levou a que o local passasse a ser bastante visitado.
Descobrir o Parque e o Palácio de Monserrate
Palácio de Monserrate
 
 
Um dos visitantes foi Francis Cook, que apaixonado pelo local, o decidiu comprar e torná-lo naquilo que vemos actualmente.
Os jardins circundantes ao Palácio receberam espécies vindas de todos os cantos do mundo, tendo sido organizados por áreas geográficas. E do trabalho conjunto do pintor William Stockdale, do mestre jardineiro Francis Burt e do romântico Francis Cook, nasceu o belíssimo Parque de Monserrate.
 
O Estado adquiriu a propriedade em 1949 e mais tarde, em 1975 o Parque e o Palácio foram classificados como Imóvel de Interesse Público, integrando-se na Paisagem Cultural de Sintra, classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1995. Já em 2000 a gestão do monumento foi entregue aos Parques de Sintra, entidade responsável pela intervenção de recuperação e restauro, que permitiu a reabertura do Palácio.
 

Excursão Destaques de Sintra

Parque

Os jardins do Palácio de Monserrate são um dos mais importantes jardins paisagísticos ingleses fora das ilhas Britânicas e uma das mais bonitas criações paisagísticas do Romantismo, em Portugal.
Ao longo do Parque vamos encontrando diferentes atracções que nos chamam a atenção pela sua beleza e exotismo.

Parque de Monserrate

 
 

Quimera
A escultura desta criatura mitológica presente no portão de entrada não é a original, estando essa no interior do Palácio.

Arco de Vathek
Bonito arco em pedra, da autoria de William Beckford, cujo nome deriva da personagem principal do famoso romance de Beckfor, Vathek.

Capela
Esta é uma falsa ruína da autoria de Francis Cook, criada a partir da capela edificada por Gerard de Visme. Engolida pela vegetação esta ruína surge acoplada à gigante Árvore-da-borracha-australiana presente no local.
Na Capela existe um nicho, onde estava um dos três sarcófagos etruscos, que ornamentavam o jardim. Actualmente, os mesmos estão no Museu de Arqueológico de São Miguel de Odrinhas, em Sintra.

Parque de Monserrate
Capela
 

Cascata de Beckford
Bonita cascata artificial atribuída a William Beckford.

 

Hipocrene
Um pequeno lago com a designação de uma fonte lendária da Grécia Antiga.

Vale dos Fetos
Uma grande colecção de Fetos-arbóreos, distribuídos por um vale, com peculiares condições climáticas.

 

 

Jardim do Japão
Bonita colecção da qual se destacam os Bambus e as Camélias

Relvado
Este foi o primeiro relvado plantado em Portugal, possuindo uma grande extensão e uma superfície de dupla curvatura, que exigiu um criativo sistema de rega.

Terraço do Palácio
Pórtico sobre o relvado.

Escadório e caminho perfumado
Escadaria de acesso ao caminho perfumado, que está ladeado por pérgolas ornamentadas por Glicinias e Jasmim, flores com intenso aroma.

Arco indiano
Arco ornamental indiano, adquirido por Sir Francis Cook ao Governador Geral da Índia, após a Revolta dos Sipaios, em 1857.

 
Arco Indiano
Arco Indiano
 

Casa de Pedra
Edifício onde funcionava uma carpintaria e uma vacaria. Actualmente, abriga a sede dos Parques de Sintra-Monte da Lua.

 

Cromeleque
Falso cromeleque atribuído a William Beckford.

Jardim do México
Este é um dos projeto de maior ambição de Francis Cook. Em meados do séc. XIX, interesse pelas plantas mexicanas estava no auge, quer pela utilidade dos vegetais como fonte de fibra, quer pelo exotismo das formas da diferente vegetação, o que resultava em jardins magníficos.

Para instalar este belo jardim, foram necessárias várias alterações no principal vale do Parque de Monserrate, nomeadamente, o desvio da linha de água para um canal construído na margem sul a meia-encosta e a construção de um complexo sistema de muros de suporte para criar socalcos, caminhos e um eficiente sistema de recolha e transporte de água.

No local de um antigo açude foi instalado o Lago. E mesmo passado anos o interesse da família Cook pelo Jardim do México foi-se mantendo, prova disso foi a contratação de Walter Oates, por parte do neto de Francis Cook, para aumentar e enriquecer as colecções do Jardim.

Jardim do México
Jardim do México
 

Roseiral
O Roseiral de Monserrate foi outra das magnificas intervenções de Francis Cook. Este acreditava que a rosa era a Rainha das Flores e representava tudo o que os Jardins do Oriente podiam trazer à criação exótica. Este não era um roseiral típico, mas sim um roseiral que evocava o Extremo Oriente e onde era possível encontrar rosas produzidas através da hibridação de espécies da China e da Índia. Em 2008 foi feito o restauro do local, iniciando-se uma limpeza de toda a zona, o que levou à descoberta de algumas roseiras que tinham sobrevivido, os caminhos, o sistema de rega e os canteiros dispostos em socalcos ao longo do vale.

O projecto de restauração foi levado a cabo pelo arquitecto Paisagista Gerald Luckhurst e nessa altura foram plantadas cerca de 125 roseiras do tipo China, Chá e Noisette, importadas do viveiro de Peter Beales, na Inglaterra. Mais tarde, em 2010, foram plantados mais 250 pés e em 2011 mais 500.
A recuperação do Roseiral está ligado aos restauros do Jardim do México e dos Lagos Ornamentais, dado que os três são adjacentes ao Relvado e estão unidos por um sistema de caminhos, que oferecem uma vista panorâmica da paisagem envolvente.

Palácio

O Palácio de Monserrate tem uma planta bem original, sendo constituído por um corpo central e duas alas laterais, simétricas, unidas através de átrios e de uma galeria central, para a qual abrem as várias salas.

Átrio Central
No terraço ocidental do palácio está a porta de acesso ao átrio central e onde se inicia a visita aos espaços interiores. Aqui é possível ver um bonito pórtico rendilhado, com diversos motivos decorativos das arcadarias.

Palácio de Monserrate
Palácio de Monserrate
 
 

Átrio Sul
Este é um espaço octogonal com arcos góticos e colunas de mármore rosa, sendo uma das entradas do Palácio. Possui ligação directa ao piso inferior, onde é possível encontrar a cozinha, e ainda a dois pisos superiores, onde eram os aposentos de Sir Francis Cook. O gesso decorativo do tecto simula uma área coberta sob folhagem de carvalho.

Átrio Principal
Átrio octogonal localizado no centro do Palácio, onde se destaca a fonte de alabastro, a estátua e a cúpula.

Palácio de Monserrate

Escadaria
No átrio da escadaria do torreão central, evidenciam-se quatro painéis de alabastro vindos da Índia e os degraus estão decorados com um padrão de folhas de hera, cujo desenvolvimento acompanha o perímetro das paredes, com motivos vegetalistas feitos em gesso, que preenchem a totalidade das paredes e teto.
É possível ver ainda, o busto de bronze de Sir Francis Cook, sendo uma das poucas peças que restaram da coleção de esculturas, e o pote chinês é uma das peças decorativas que fazia parte da coleção de cerâmica oriental.

Galeria central
Nada mais é que o corredor de ligação entre as diversas salas e torres do palácio, revestida por estuque relevado com um padrão mourisco. A sucessão de arcos marca o ritmo das colunas e potencia o efeito da perspectiva e da luz zenital. Ao centro, no átrio principal, foi colocada uma fonte renascença.

Palácio de Monserrate

 

Sala de Estar Indiana
Conhecida como Sala de Desenho, possui uma decoração de estuques idêntica à sala de bilhar. Destacando-se o florão central do tecto, dois potes portugueses, da colecção de cerâmica de Sir Francis Cook e na parte de fora a grande árvore que cresceu no topo do relvado, um metrosídero.

Sala de Música
Ocupando a torre norte do palácio, já existia por altura do palácio neogótico de Gerard de Visme, apresenta uma plantas circular, cujas janelas permitem ter uma vista que se estende da serra ao mar. O estuque possui motivos florais dourados e o friso está magnificamente decorado com representações de musas e graças.

Palácio de Monserrate

 

Sala de Bilhar
Com o mesmo género de decoração da Sala Indiana, esta sala era usada exclusivamente para o jogo de bilhar inglês. Aqui os relevos de estuque são pontuados com elementos dourados quer nas paredes, quer nos tectos. No pavimento é possível encontrar as marcas dos pés da mesa de bilhar. Possui ainda dois grandes espelhos, que dão a sensação de estar num espaço maior e que faz com que seja igualmente conhecida como a Sala dos Espelhos.

Biblioteca
Este aposento é o único do piso térreo que possui uma porta, esta é de madeira de nogueira espanhola, talhada no séc. XVIII. Os retratos sobre a lareira são de Frederick Cook e da sua esposa, segundos Viscondes de Monserrate e beneméritos da Santa Casa da Misericórdia de Sintra.

Palácio de Monserrate

 

Sala de Jantar
As paredes desta sala, actualmente possuem uma versão da composição decorativa original. A técnica stencil foi utilizada dando cor, relevo e pintura e assim conferindo um esplendor à sala, que tinha sido perdido ao longo dos anos. A pintura decorativa é baseada no motivo decorativo do corredor, mas numa versão estilizada.

Cozinha
Situada no piso inferior, este aposento beneficia de janelas e ligação directa para o exterior. Uma colunata esconde várias áreas de apoio.
O fogão existente tem uma particularidade, não tem chaminé superior, sendo fumo conduzido no interior do fogão, seguindo por uma conduta sob o pavimento, ligada a uma das chaminés do Palácio.

Capela
Este era o local de oração e evocação de Santo António, havendo por isso uma bonita imagem em mármore branco do Santo Português. A maior parte das peças de decoração deste local, já não se encontram lá, uma das quais, um retábulo de alabastro do séc. XVI, que se encontra no Museu Nacional de Arte Antiga.

Piso Superior
Neste piso estavam os aposentos mais íntimos do Palácio, nomeadamente, os quartos (corpo central), e os aposentos privados de Sir Francis Cook (torreão sul). Actualmente, estas salas abrigam exposições temporárias de fotografia e diversas conferências e actividades.

Palácio de Monserrate
 

Definido como “o primeiro e mais lindo lugar deste reino”, pelo poeta inglês Lord Byron, Monserrate resulta da combinação perfeita e harmoniosa do gótico medieval, o árabe, o mourisco e o renascentista, traduzindo-se no romantismo português.

 

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